#AME – Barbara McClintock

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Bárbara McClintock, nascida em 16 de junho de 1902, em Hartford, Connecticut, EUA, foi uma brilhante cientista norte americana, cuja descoberta de elementos genéticos móveis ou “genes saltadores”, em estudos realizados nos anos 1940-1950, deu à ela o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1983.

Bárbara, cujo pai era médico, teve grande prazer nas ciências desde a mais tenra idade, e evidenciou, também desde muito cedo, uma independência mental e atitudinal que a acompanharia durante todo o curso de sua vida. Ao terminar o Ensino Médio, Bárbara se matriculou no curso de especialista em Biologia, na Cornell University, em 1919. Ela recebeu o título de Bacharel em 1923, concluiu um mestrado dois anos mais tarde, e, tendo especializado-se em citologia, genética e zoologia, recebeu o título de Ph.D. em 1927. Durante a pós-graduação, iniciou o trabalho que ocuparia toda a sua vida profissional: a análise cromossômica do milho. Ela usou um microscópio e uma técnica de coloração que lhe permitiu examinar, identificar e descrever cromossomos individuais do milho.

Em 1931, ela e uma colega, Harriet Creighton, publicaram “A Correlation of Cytological and Genetical Crossing-over in Zea mays,”, um artigo que estabeleceu que os cromossomos formavam a base da genética. Com base em seus experimentos e publicações durante a década de 1930, Bárbara foi eleita a vice-presidente da Sociedade de Genética da América, em 1939, e presidente da Sociedade de Genética, em 1944. Ela recebeu uma bolsa de estudos Guggenheim, em 1933, para ir estudar na Alemanha, mas por conta da ascensão do regime nazista, ela precisou retornar para casa. Quando voltou para Cornell, sua alma mater, Bárbara descobriu que a universidade não estava contratando um corpo docente. A boa notícia, no entanto, é que a Fundação Rockefeller financiaria a sua pesquisa em Cornell, e assim o fez durante os anos de 1934, 35 e 36, até que ela foi, finalmente, contratada pela universidade de Missouri para lecionar, e lá permanecer de meados de 1936 à 1941.

No ano de 1941, Bárbara McClintock mudou-se para Long Island, Nova York, para trabalhar no Cold Spring Harbor Laboratory, onde passou o resto de sua vida profissional. Na década de 1940, ao observar e experimentar variações na coloração dos grãos de milho, descobriu que a informação genética não é estacionária. Ao traçar mudanças de pigmentação no milho e usando um microscópio para examinar os grandes cromossomos da planta do milho, ela isolou dois genes que ela chamou de “elementos controladores”. Esses “genes controladores” controlavam os genes que eram responsáveis pela pigmentação. Foi assim que a brilhante Bábara McClintock descobriu que os elementos controladores poderiam se mover ao longo do cromossomo até chegarem a um local diferente, e que essas alterações afetariam o comportamento dos genes vizinhos. Ela sugeriu que esses elementos transponíveis eram responsáveis por novas mutações na pigmentação ou outras características.Essa descoberta mudaria o curso da ciência mundial!

Fonte: Enciclopédia Britannica.